sábado, 19 de setembro de 2009

VIVER COMO SE FOSSE O ÚLTIMO DIA...

sábado, 19 de setembro de 2009

Neide chegou em casa depois de uma das consultas médicas e disse aos familiares: - Pedi franqueza ao meu médico e que não me poupasse de saber a verdade sobre meu estado de saúde, pois sinto que me resta pouco tempo.
O marido e os filhos estavam na sala ansiosos.
O marido então perguntou: - E o que eles disseram? Neide falou: - Os médicos me disseram que estou com uma doença incurável e que tenho poucos dias de vida.
A filha mais velha, já chorando, perguntou: - E a senhora nos conta isso com essa naturalidade, mamãe?
Mas Neide continuou falando normalmente: - Ora, eu tenho um bom tempo para fazer tudo o que já devia ter feito algum tempo atrás. Vou arrumar toda a minha casa, colocar belas cortinas em todas as janelas, assim, elas me impedirão de ficar olhandoa vida dos outros.Todos os dias tirarei o pó da casa e durante esse trabalho pensarei: "Estou me livrando das sujeiras que guardei do passado".
Neide continuava falando, enquanto sua família se surpreendia a cada frase.
- Vou deixar todos os meus armários organizados, guardar o que realmente uso e o resto jogarei fora ou doarei à quem precisa. Evitarei assistir ou escutar más notícias. Vou alimentar o meu espírito com leituras saudáveis, conversas amigáveis, dispensarei fofocas e não criticarei mais ninguém. Pensarei naqueles que já me magoaram e, com sinceridade, vou perdoar a todos.
Neide fez uma pausa e depois continuou: - Todas as noites vou agradecer a Deus por tudo o que estarei conseguindo fazer nestes dias que me restam. Todas as manhãs, quando acordar, vou me perguntar: "O que posso fazer para tornar o dia de hoje um dia melhor? "Farei de tudo para transmitir felicidade para aqueles que se aproximarem de mim. E a cada dia que passar farei pelo menos uma boa ação, portanto, quando eu fechar os olhos para nunca mais abri-los, terei feito inúmeras boas ações.
Todos que ouviam Neide falando, pouco a pouco saíam, cada um para um canto da casa, chorar sozinho.
Mas Neide ficou ali no meio da sala, e nos seus olhos havia um brilho de alegria. Ela dizia para si mesma: - "Não posso curar meu corpo, mas posso mudar a vida que me resta. A minha tarefa de casa é grande, porém, vale a pena todo e qualquer esforço. Vou conseguir realizar. Quero transformar meu mundo interior. "Me tornarei uma pessoa totalmente diferente daquela que fui até ontem".
O tempo passou.
E o mais curioso e extraordinário dessa história foi o que aconteceu...
Neide conseguiu cumprir plenamente todos os compromissos que tinha assumido consigo mesma. E dos poucos dias de vida que lhe restavam, ela viveu ainda por mais longos e saborosos vinte e três anos.
Neide curou a sua própria alma. A sua doença desapareceu. Ela morreu de velhice...

Eii, não espere para mudar o que está errado em sua vida.
Trace metas em sua vida, que esteja ao seu alcance...
E lembre-se comece hoje a viver como se fosse o último dia...



[Padre Marcelo Rossi]

2 bilhetes:

Isa Grazioli disse...

Olá Gislene!
o seu blog esta ficando cada vez mais bonito, um mundo bem colorido, rsrsrsrs! Muito bonita essa história, gostei muito, rsrs!
Um beijo e até mais. *Isa*...

T Karpa disse...

Muito bacana isso!
Tem até um provérbio navajo [acho eu], que diz
"hoje é um belo dia para morrer"
acho que só se vivemos plenamente e sem apego podemos aproveitar a vida e não lamentar a perda, a mudança...
"A única constante da vida é a mudança" (Buda)

 
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