sábado, 17 de setembro de 2011

QUEM FOI QUE FEZ?

sábado, 17 de setembro de 2011

Quem foi que fez o sol tão vivificador.
E sua luz esplendente cheia de fulgor
Os trilhões de estrelas que cintilam nos céus
E as nuvens vaporosas como densos véus
A mecânica celeste e os arcanjos profundos
Da eterna ciência que equilibra os mundos
Os microorganismos em desenvolvimento
E os orbes gigantescos em deferecimento
O átomo e a nebulosa, a ameba e o Serafim
E as origens das coisas que nunca terão fim
A virtude impoluta que não se modifica
E a possante energia que a tudo vivifica
Quem foi que fez o vento, a chuva, o trovão
A primavera, o outono e também o verão
O perfume das flores, o som, a luz, o ar
Os campos, as florestas, a terra, o céu e o mar
Quem foi que fez o infravermelho e o ultravioleta
E fez a lagarta surgir uma bela borboleta
O esperto gafanhoto e o formoso rouxinol
Surgindo a alvorada aos clarões da luz do sol
Quem foi que fez as feras bravas e os pecos passarinhos
A asa dos insetos e a beleza de um ninho
Deu agilidade a incrível pulga saltitante
E fez o passo lerdo tardo do elefante
Quem foi que fez o colibri com nímia sutileza
Sugando o mel das flores com tal delicadeza
O tatu escavando a cova em que se abriga
E a faina inesgotável da minúscula formiga
O esperto corcel, o fogoso macaco
E a abelha trabalhando na construção do mel
Quem foi que fez a ostra, o golfinho, o tubarão, a baleia
E a engenhosa aranha tecendo a sua teia
E o instinto de conservação
Como bússola infalível de orientação
Guiando com acertos os irracionais
Sem nunca transgredir as regras naturais
As maravilhas do reino mineral
O leito onde repousa o reino vegetal
Os prodígios da animalidade
E um elo mais acima a nossa humanidade
E tantos outros reinos que nós desconhecemos
Sistema de mundos que nem nos apercebemos
Com Jeitos tutelares arquiangelicais
Imerso dos segredos siderais
Que maravilha é esta que eu não posso descrever
Com todo dramatismo que eu pudesse ter
Artista inimitável, sublime ilimitável
Me ponho de joelhos e contemplo abismado
E pergunto a mim mesma com estupefação
Quem criou isso com tanta perfeição até o perdão
Quem dar sem pedir nada e paga sem dever nada
E a tudo movimenta sem nunca se mover
Formando e transformando
Criando e dirigindo
Governando e agindo
Quem tem tamanho poder?
Pergunto a outras vozes
Quem que podeis dizer?
E vos peço queridos irmãos, amigos meus
E as vozes me respondem?
Foi Deus
Foi Deus
Foi Deus.


[João de Deus Limeira]
Blog da Teresa Cristina

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Penélope disse...

Que delícia de texto!
Perguntas intrigantes e cheias de sensibilidades.
Só é atento para estas coisas aqueles que tem grande AMOR na alma.
Abraços

 
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