sábado, 9 de julho de 2011

TELEFONE MEDIÚNICO

sábado, 9 de julho de 2011

Uns não acreditam nas comunicações dos espíritos, outros acreditam demais e querem obtê-las com a facilidade de uma ligação telefônica. Nem tanto ao céu, nem tanto à terra! Se as comunicações entre as criaturas terrenas nem sempre são fáceis, que dizer das que se processam entre os espíritos e os homens? Muita gente procura o médium como se ele fosse uma espécie de cabina telefônica. Mas nem sempre o circuito está livre e muitas vezes o espírito chamado não pode atender.


Não há dúvida que estamos na época profetizada por Joel, em que as manifestações se intensificam por toda parte. Nem todos os espíritos, porém, estão em condições de comunicar-se com facilidade. Além disto, a manifestação solicitada pode ser inconveniente no momento, tanto para o espírito quanto para o encarnado.


A morte é um fenômeno psicobiológico que ocorre de várias maneiras de acordo com as condições ídeo-emotivas de cada caso, envolvendo o que parte e os que ficam. A questão 155 de O Livro dos Espíritos explica de maneira clara a complexidade do processo de desencarnação. Alguns espíritos se libertam rapidamente do corpo, outros demoram a fazê-lo e isso retarda a sua possibilidade de comunicar-se.


Devemos lembrar ainda que os espíritos são criaturas livres e conscientes. Não estão ao sabor dos nossos caprichos e nenhum médium ou diretor de sessões tem o poder de fazê-los atender aos nossos chamados. Quando querem manifestar-se, eles o fazem espontaneamente, e não raro de maneira inesperada. Enganam-se os que pensam que podem dominá-los. Já ensinava Jesus, como vemos nos Evangelhos: o espírito sopra onde quer e ninguém sabe de onde vem nem para onde vai.


É natural que os familiares aflitos procurem obter a comunicação de um ente querido. Mas convém que se lembrem da necessidade de respeitar as leis que regem as condições do espírito na vida e na morte. O intercâmbio mediúnico é um ato de amor que só deve realizar-se quando conveniente para os dois lados. O Espiritismo nos ensina a respeitar a morte como respeitamos a vida, confiando nos desígnios de Deus. Só a misericórdia divina pode regular o diálogo entre os vivos da Terra e os vivos do Além. Façamos nossas preces em favor dos que partiram e esperemos em Deus a graça do reencontro que só Ele nos pode conceder.


Muitos religiosos condenam as comunicações mediúnicas, alegando que elas violam o mistério da morte e perturbam o repouso dos mortos. Esquecem-se de que os próprios espíritos de pessoas falecidas procuram comunicar-se com os vivos. Foi dessa procura de comunicação dos mortos, tão insistente no mundo inteiro, que se iniciaram de maneira natural as relações mediúnicas entre o mundo visível e o invisível. O conceito errôneo da morte, como aniquilamento ou transformação total da criatura humana, gera e sustenta essas formas de superstição. O Espiritismo, revivendo os fundamentos esquecidos do Cristianismo puro, mostra-nos que a comunicação mediúnica é lei da vida a nos libertar de erros e temores supersticiosos do passado.


[Por Irmão Saulo - Do livro Diálogo dos Vivos, Médium: Francisco Cândido Xavier e J. Herculano Pires
fonte http://www.caminhosluz.com.br/]

4 bilhetes:

LUCONI MARCIA MARIA disse...

Olá Gislene, saudades deste teu cantinho sempre tão sábio, amei esta mensagem, está coberta de razão, é bem isto o que acontece, quem acredita na mediunidade acha que é a hora que querem e como querem, não é assim,tudo tem a hora e o momento certo e não cabe a nós decidir qual é, beijos Luconi

Rolando Palma disse...

Não existe o "morrer". Seria ilógico, irracional... que quando observamos que tudo à nossa volta se transforma e evolui, nós próprios fossemos a excepção e estivessemos condenados à aniquilação total.
Não.

Lembro-me de um dia imaginar um cenário ( como se fosse uma história ) em que um navegador, na ponta da europa, olha para o mar com angústia, tentando adivinhar como será o Novo Mundo. Ele não vê, vê simplesmente um mar intransponivel. Mas a existência do mar não nega a existência do Novo Mundo, pois não?

Quando muito, só reforça a ideia de que todos temos medo da viagem....


Tudo de bom para ti,

Unknown disse...

Objetivo e esclarecedor, bj Nina

Esperança disse...

Amada irmã Gislene,

O Dingos foi um presente que o Grande Arquiteto do Universo me envio. Aprendo todo dia coisas novas com ele, principalmente em termos espirituais. Ele manda em mim!!! Me faz de “gato’ e “Sapato” (risos). Tomou conta da minha vida e de quebra roubou meu coração!!!
Sobre a mensagem pode leva-la para seu blog, (vou adorar ver o Dingos aí) ela realmente e belíssima Estou terminando de ler o livro junto com o outro do Divaldo P. Franco, logo te entrego. Desculpe-me a demora em lê-lo, estava em recuperação da viagem...

Abraços de luz

 
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