segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

UM MIMO

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Recebi este selo da querida amiga Sara do SARACOTEAR
e repasso aos amigos, que quiserem participar da brincadeira.
Respondendo...


Nome: Gislene, Gi


Uma música: Just the way you are (Bruno Mars). Acho essa música tão romântica...


Humor: Procuro estar sempre alegre


Uma cor: Pode ser três? Azul, Verde e Branco


Uma estação: Gosto de todas, mas prefiro a primavera


Como prefere viajar: Avião pela rapidez. Mas, adoooooro um carro!


Um seriado: Sabe, não gosto muito de seriados. Prefiro filmes. Amo "E O Vento Levou"


Frase ou palavra dita por você: O impossível, não existe!


O que achou do selo: Adorei ganhar mais um selinho! Obrigada Sara! Levem o selinho amigos, é de todos vocês também!

domingo, 30 de janeiro de 2011

PÉS SAGRADOS

domingo, 30 de janeiro de 2011


O que os santos têm de mais sagrado são os pés. Por isso os antigos fiéis lhos beijavam. Pois, os santos estáticos, esses que jamais andaram errando pelo mundo, os próprios anjos desconfiam deles...


[Mario Quintana]

sábado, 29 de janeiro de 2011

O TAMANHO DA GENTE

sábado, 29 de janeiro de 2011


O homem acha o Cosmos infinitamente grande
E o micróbio infinitamente pequeno.
E ele, naturalmente, 
Julga-se do tamanho natural...
Mas, para Deus, é diferente:
Cada ser, para Ele, é um universo próprio.
E, a seus olhos, o bacilo de Koch,
A estrela Sírius e o Prefeito de Três Vassouras
São todos infinitamente do mesmo tamanho...


[Mário Quintana]
imagem net.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

A VERDADEIRA BELEZA

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

A beleza que tanto buscamos está no nosso interior.
Não há roupa, nem penteado que embeleze a falta de caráter.
Vivemos em um mundo preocupado com o exterior, onde tudo tem que haver uma retribuição, até no amor, espera-se "recompensa".
Nas brigas de casais, amigos ou familiares, quase sempre ouvimos queixas do tipo: - depois de tudo o que eu te fiz!
Verdadeiras cobranças infundadas, cheias de mágoa e ressentimento, frutos das atitudes exteriores que praticamos.
Esperamos demais sem oferecer tanto assim.
Alma querida!
Antes que o sol se ponha novamente, aprenda: - o que vale é o que vai dentro de você!
Faça tudo com serenidade, mantenha-se de bem com você.
Faça o seu melhor, não espere nada dos outros, você mesmo deve olhar para o que fez e sentir-se bem.
Ainda que venham críticas, desaforos, mal-agradecimentos, nada disso vai te afetar, porque você sabe que fez o melhor.
Vista a alma com bons pensamentos, perfume-a com boas ações.
Penteie as emoções com o bem, seja uma pessoa linda no seu interior, e brilhe pelo encanto de refletir na sua face, a própria face de Deus.
Aquilo que somos é o nosso mundo!


[Paulo Roberto Gaefke]

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

VOLTAS

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

"Das habilidades que o mundo sabe,
essa ainda é a que faz melhor:
dar voltas."

[José Saramago]

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

PERSISTÊNCIA

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

"Merecer a felicidade quer dizer trabalhar para ela,
ser bom e não se deixar seduzir por especulações ou pela preguiça".

[Anne Frank - in "Diário de Anne Frank"]

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

CHICO, CHICO XAVIER

terça-feira, 25 de janeiro de 2011


Senhor, ensina-nos a orar, 
sem esquecer o trabalho.
A dar, sem olhar a quem.
A servir, sem perguntar
até quando...
A sofrer, sem magoar, seja
quem for.
A progredir, sem perder a 
simplicidade.
A semear o bem, sem
pensar nos resultados.
A desculpar, sem condições.
A marchar para frente, sem
contar os obstáculos.
A ver, sem malícia...
A escutar, sem corromper
os assuntos.
A falar, sem ferir.
A compreender o próximo,
sem exigir entendimento.
A respeitar os semelhantes,
sem reclamar consideração.
A dar o melhor de nós,
além da execução do
próprio dever, sem cobrar
taxas de reconhecimento...
Senhor, fortalece em nós, a
paciência para com as 
dificuldades dos outros,
assim como precisamos da 
paciência dos outros, para
com as nossas próprias dificuldades...
Ajuda-nos para que a 
ninguém façamos aquilo
que não desejamos para
nós...
Auxilia-nos, sobretudo, a
reconhecer que a nossa 
felicidade mais alta será,
invariavelmente, aquela de
cumprir seus desígnios
onde e como queiras, hoje,
agora e sempre.

[Emmanuel, Francisco Cândido Xavier] 

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

SABER E SABOR

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011


Simplesmente, não sei: embora raras vezes eu já consiga entrar nele, sinto que este é um dos lugares de maior descanso, de maior abertura, de maior oportunidade, para onde a liberdade de vez em quando me traz.


A vida é tecida com os fios disponíveis de cada agora.
De cada respiro.
De cada ação.
De cada acontecimento.
De cada sabor.
É essa tecelã que olha para você neste instante e me olha também.
O que ainda não veio, quem sabe?
Eu não sei.


Sabor é o presente. Saber é quando a gente desembrulha.



[Ana Jácomo]
imagem net.

domingo, 23 de janeiro de 2011

[BLOGAGEM COLETIVA] - FOI NA SIMPLICIDADE...

domingo, 23 de janeiro de 2011
(texto meu)

Década de 90.
Rogério... Rapaz muito belo, de traços delicados, cabelos castanhos, olhos verdes, rico, carro do ano, mulheres mil! Mas, lá no fundo de seu ser, de seu coração, ainda não havia encontrado o amor... Ele sabia, sentia falta de uma companhia pra vida. Afinal o tempo ia passando rapidamente...
Dali um mês, seria a formatura da faculdade de Direito...
Havia passado meio ano a decidir-se com qual garota ia dançar...
Tantas se convidaram... Louras, Morenas, Ruivas... Verdadeiros bibelôs de loja...
Foi quando, sentado certa tarde em um banco no campus da faculdade, conversando com seu colega, a viu...
Ela passava... Não... Ela parecia flutuar...
Para ele, era a visão de um verdadeiro anjo.
Henrique, então o tirou do deslumbre.
- Rogério, que foi?
- Nossa, quem é ela?
- Quem?
- Aquela garota.
Foi quando Marcela, já em sua direção, mas, do outro lado da calçada, o olhou...
Que olhar... Ele jamais esqueceria...
Deste olhar, Rogério pode sentir ternura, emoção, simplicidade, afeto. Parecia que ela sorria com os olhos... Que brilho!
Ficou encantado... Sentiu-se dominado por aquele momento...
Nunca houvera sentido sensação parecida antes...
- Olha, eu não a conheço, mas, a amiga ao lado é a Rafaela, essa sim vale a pena! Agora, convenhamos, bem sem graça a outra!
Foi então que Rogério, se acomodou melhor no banco, respirou fundo...
- É, tens razão...
Passou-se uma semana, duas semanas...
Rogério em seu quarto, olhava seus e-mails, falava com amigos pela internet. De repente, desligou o computador... Deitou-se na cama e lembrou-se dela... Lembrou do que Henrique e seus colegas haviam falado...
Marcela era o nome dela...
Garota bela, cabelos castanhos lisos, olhos da mesma cor... Delicada... Meiga...
Os amigos, valorizavam não só a aparência, mas também o poder aquisitivo das garotas...
Rogério também fora assim... E isto mudou, não sabia explicar...
Foi quando encontrou Marcela...
Ela era simples, sem luxos... De família não tão abastada...
Fazia faculdade de Letras... Tinha 26 anos, ele 28.
Era o que sabia dela...
Não conseguia tirá-la da cabeça...
Sempre conquistador, o que queria conseguia facilmente... Se quisesse a teria também, mas não...
Não sabia explicar para si o que se passava, mas o certo é que algo havia mudado em seu interior...
Seguiu Marcela certo dia e descobriu onde morava. Mas, não conseguiu lhe falar... Sabia dentro de seu ser que aquela mulher era especial...
Veio então a formatura...
O baile...
Noite em que a beleza seria realçada com toda a sua força...
Rogério teve de decidir-se, escolheu a última dentre todas as pretendentes que lhe surgiu. Mas, em sua cabeça, e em seu coração, estava Marcela...
E ninguém o sabia...
Manteve guardado dentro de si...
Não queria que ela virasse motivo de piadas em sua roda de amizades... E não queria ao mesmo tempo que Marcela pensasse que as intenções dele fossem banais, superficiais, vazias...
Por isso não a procurou...
Mas, dentro de si, ouvia aquela voz que gritava, imperiosa...
Aquela noite seria, a noite... Estava com coragem de procurá-la, para finalmente abrir seu coração, queria lhe falar... Já não importava a opinião dos amigos... Importava o que seu coração pedia...
Queria ser feliz...
Foi quando, como que por um impulso, olhou para o outro lado do salão, e a viu...
Estava linda... De vermelho... Vestido simples, mas, belo... Tomara-que-caia...Valorizava ainda mais sua beleza física... Cabelos meio presos.
" É agora!" Ele pensou.
E se dirigindo à ela, foi com toda sua emoção...
Já não ouvia mais a música, e nem via ninguém...
Tudo à sua volta pareceu se apagar, perdeu o brilho, teve menos importância...
Atravessou o salão...
Próximo à ela, tocou seu braço com delicadeza...
Ela o olhou...
Novamente, o encontro de olhares... Os olhos castanhos! Cheios de vida e emoção...
Marcela sentiu um arrepio em seu peito... Aqueles olhos verdes novamente a encaravam... Uma emoção forte também tomou conta dela...
- Oi, você é Marcela, não?
- Sim.
- Sou o Rogério. Sorriu para ela. E seu belo sorriso foi por ela retribuído.
- Marcela, dança comigo?
- Por que não? Se eu recusar, com certeza outra irá querer, não?
Foi quando Rogério sentiu que aquele era o momento de lhe falar... Falar o que queria... Falar o que estava sentindo por ela... Olhou-a nos olhos, pegou suas mãos frias...
- Hoje eu quero dançar com você!
..........................................................................................................................................................................
E assim, ao som de Chris De Burgh, Lady in Red... Se abraçaram... Dançaram... Agora já se ouvia a canção...
..........................................................................................................................................................................
Dia seguinte.
Rogério levantou-se cedo, mal conseguira dormir, colocou seu blazer e saiu...
Chovia... Como chovia naquela manhã...
Parecia que a chuva vinha para abençoar aquele momento... Aquele instante...
Foi à casa dela, caminho que conhecia à tempos...
Gritou ao portão: - Marcela!
Ela saiu.
Caminhando em direção à ele...
- Rogério?? Você está louco? Sai desta chuva!
Ele a puxou, a segurou pela cintura... Seu coração disparou...
O de Marcela também...
- ME DEIXA TE AMAR!
...........................................................................................................................................................................
Foi na simplicidade que ele encontrou o amor...
Aprendeu a reconhecer o valor das pessoas, não pelo que elas têm, mas pelo que são...
E o quanto Marcela era importante em sua vida...
Duas almas que se reencontravam...



[Gislene - 26/10/2009]


 

sábado, 22 de janeiro de 2011

ESCUTAR COM O CORAÇÃO

sábado, 22 de janeiro de 2011


"A arte da escuta é algo divino.
Se você puder escutar corretamente,
aprenderá o segredo mais profundo da meditação.
Ouvir é uma coisa, escutar é totalmente diferente; são mundos separados.
Ouvir é um fenômeno físico;
você ouve porque tem ouvidos.
Escutar é um fenômeno espiritual;
você escuta quando tem atenção,
quando seu interior se une a seus ouvidos.
Escute os sons da natureza e da mesma forma escute as pessoas.
Escute sem impor coisa alguma ao que você está escutando – não julgue, pois no momento em que você julga, a escuta cessa.
Uma pessoa realmente atenta permanece sem tirar conclusões, nunca conclui sobre coisa alguma, porque a vida é um processo, não se esgota no seu julgamento.
Somente os tolos podem concluir;
o sábio hesitará ante as conclusões.
Escute, portanto, de uma forma aberta, atenciosa, alerta e receptiva.
Simplesmente esteja presente, totalmente com o som que o circunda.
Você ficará surpreso, pois perceberá que está realmente escutando e, ainda assim, haverá silêncio."


[Osho]

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

NA COZINHA COM IRMÃO BARTOLOMEU

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011


Situado no último andar da mais alta torre do mosteiro, o quarto do abade Luigi ocupava um lugar estratégico. A escolha do aposento não fora sem motivo, pois o prudente superior fazia questão de ter uma boa visão do mosteiro entregue pela Providência aos seus cuidados.

Naquela manhã, ao olhar pelas janelas, dois monges chamaram-lhe a atenção. O primeiro foi o Irmão Bartolomeu, o qual, subindo a trilha, voltava da cidade a arfar sob o peso de duas grandes alforges repletos de víveres por ele recebidos na feira da cidade.
Esse bom frade era homem simples, de pouca instrução, mas muito piedoso e dedicado. Conseguia os mantimentos e ele mesmo preparava-os, procurando, até onde permitia a pobreza franciscana, servir aos monges a melhor alimentação possível.
Da outra janela, o abade avistava o claustro. Sentado num banco de pedra, estava o segundo monge alvo das suas atenções. Tendo alguns livros empilhados à sua volta, Frei Lucrécio lia entusiasmado um grosso volume de apologética. Ele era quem ministrava as aulas aos jovens noviços, e a sua segurança em matéria doutrinária granjeara-lhe fama nas redondezas, a tal ponto que tanto leigos como religiosos vinham consultá-lo sobre intrincados pontos dos ensinamentos cristãos.
Observando os dois monges, o velho abade pôs-se a meditar na grandeza de Deus, que criava homens tão diferentes, mas fazia-os viver sob o mesmo tecto, irmanados pela mesma vocação, e chamados a servir os seus semelhantes de maneiras diversas.
* * *
No meio daquela tarde, alguém subiu os degraus da torre e bateu à porta do quarto do abade. Era Frei Lucrécio. Com um livro debaixo do braço, pedia uma conversa reservada com o seu superior.
— Então, o que te perturba, irmão?
— Nenhum problema pessoal, mas algo que diz respeito à nossa comunidade, senhor abade. Não podemos aceitar entre nós uma pessoa tão desqualificada como esse… esse Irmão Bartolomeu!
O abade Luigi levantou as sobrancelhas, um pouco surpreso. Que mal teria feito o humilde monge? E Frei Lucrécio continuou a dar argumentos para demonstrar como aquele homem tão ignorante causava malefício à comunidade:
— Ele simplifica tudo! Nunca consegue acompanhar os elevados raciocínios que eu, mestre em teologia, procuro transmitir. Ademais, tem costumes estranhos, como, por exemplo, na ocasião em que tentou ensinar um papagaio a rezar a Ave Maria…
O abade ouviu o monge apresentar as suas queixas com ar perplexo e sem dizer palavra. O seu olhar atento indicava estar a pensar rápido, porém profundamente. E quando o outro terminou de falar, respondeu:
— Pois bem. Tudo quanto me disseste é muito sério. Mas eu gostaria de ter mais dados, antes de tomar alguma atitude. Por exemplo, não sei exactamente o que ele faz na cozinha, quando fica sozinho. Assim, peço acompanhá-lo esta tarde na preparação do jantar, e depois apresenta-me um relato detalhado de tudo o que ele diz e faz. Fica atento a qualquer atitude na qual ele demonstre essa suposta mediocridade, ou ignorância, por si mencionada. Em função disso, tomaremos uma atitude.
* * *
E assim foi. No fim da tarde, o mestre de teologia apresentou-se na cozinha, para ajudar o irmão cozinheiro. Como este nunca discutia uma ordem superior, nada perguntou a respeito. Justo naquela noite, o prato da ceia seria esparguete com molho à bolonhesa. O douto monge observava com atenção tudo quanto o outro fazia. Além da carne picada, havia vários ingredientes que lhe pareciam bem saborosos, como, por exemplo, cebola, toucinho e tomate, este último por ele especialmente apreciado. Quando, porém, Frei Bartolomeu começou a cortar as cenouras, Frei Lucrécio protestou:
— Como? A tantas delícias, acrescentarás essas míseras cenouras? Esse vegetal mesquinho vai alterar completamente o gosto do molho!
— Mas… mas… eu sempre fiz assim! — disse o pobre cozinheiro.
— Pois bem, se quiseres, serve isso para os outros. Para mim, separa uma parte do molho, sem essas pérfidas cenouras.
Enquanto isso, Frei Lucrécio pensava consigo mesmo: “Aqui está, sem dúvida, uma prova da ignorância desse homem, pois em tudo o que ele faz procura acrescentar uma nota de mau gosto, como essa história das cenouras. Amanhã, vou contar isso ao abade”.
Na hora do jantar, todos comeram o esparguete com molho à bolonhesa convencional, excepto Frei Lucrécio, a quem foi servida a parte sem cenouras. Para a sua surpresa, o preparado estava horrivelmente ácido, a tal ponto que ele com dificuldade pôde terminar o prato. Como, porém, tinha sido uma exigência sua, ele comeu tudo sem reclamar…
* * *
Aquela não foi uma boa noite. O molho definitivamente não lhe caiu bem. Ele não conseguiu dormir direito, teve pesadelos e acordou várias vezes com enjoo. Na manhã seguinte, pálido e com olheiras, foi falar com o abade para apresentar o seu relato. Este impressionou-se com o aspecto doentio do douto mestre, o qual então lhe contou o ocorrido com o molho ácido, causa do seu mal-estar.
O experiente abade, sorrindo, disse-lhe:
— Sabe, Irmão Lucrécio, quando fui noviço, trabalhei um bom tempo na cozinha. Aliás, fui eu que pedi a Frei Bartolomeu para fazer o esparguete com molho à bolonhesa ontem. É bem interessante como a culinária, em certas ocasiões, apresenta exemplos úteis à vida religiosa. Na verdade, compor uma boa comunidade muitas vezes é como preparar uma boa receita: exige a sábia combinação de vários ingredientes. Veja o tomate: tem um sabor todo especial e é um dos elementos centrais do molho, mas torna-se ácido facilmente; por isso é necessário colocar junto dele a humilde cenoura, cuja função nessa receita não é dar sabor, mas justamente absorver a acidez do conjunto.
— Irmão Lucrécio, acredito que estejas a compreender bem esta comparação, mas quero deixá-la ainda mais clara. Assim como o cozinheiro na preparação da receita, também eu, na função de abade, devo cuidar de monges que me são preciosos pela sua sabedoria e doutrina, embora sejam por vezes “ácidos”. E para isso, ajuda-me dispor também de outros que não têm muita proeminência, mas, pela sua simplicidade, agem como as cenouras no molho à bolonhesa suavizam o conjunto. Entendes agora, irmão, porque me alegra poder ter-te e Frei Bartolomeu juntos na nossa comunidade?
Frei Lucrécio aceitou com humildade as palavras do seu virtuoso abade. Reconfortado, agradeceu o ensinamento e, após a bênção, dispôs-se a sair. Quando estava já à porta, disse-lhe ainda:
— Ah, um detalhe a mais, irmão: o molho ficou ácido também por não ter sido cozido durante o tempo suficiente; na culinária como na vida cristã, a paciência é uma virtude fundamental para que tanto o alimento quanto o convívio tenham sabor suave e agradável…

[Karin Lamasaki] 
In Arautos de Fátima Maio 2007.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

PARA NÃO ADOECER

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Se não quiser adoecer - "Fale de seus sentimentos"
Emoções e sentimentos que são escondidos, reprimidos, acabam em doenças como: gastrite, úlcera, dores lombares, dor na coluna. Com o tempo a repressão dos sentimentos degenera até em câncer. Então vamos desabafar, confidenciar, partilhar nossa intimidade, nossos segredos, nossos pecados. O diálogo, a fala, a palavra, é um poderoso remédio e excelente terapia.

Se não quiser adoecer - "Tome decisão"
A pessoa indecisa permanece na dúvida, na ansiedade, na angústia. A indecisão acumula problemas, preocupações, agressões. A história humana é feita de decisões. Para decidir é preciso saber renunciar, saber perder vantagem e valores para ganhar outros. As pessoas indecisas são vítimas de doenças nervosas, gástricas e problemas de pele.

Se não quiser adoecer - "Busque soluções"
Pessoas negativas não enxergam soluções e aumentam os problemas. Preferem a lamentação, a murmuração, o pessimismo. Melhor é acender o fósforo que lamentar a escuridão. Pequena é a abelha, mas produz o que de mais doce existe. Somos o que pensamos. O pensamento negativo gera energia negativa que se transforma em doença.

Se não quiser adoecer - "Não viva de aparências"
Quem esconde a realidade finge, faz pose, quer sempre dar a impressão que está bem, quer mostrar-se perfeito, bonzinho etc., está acumulando toneladas de peso... uma estátua de bronze, mas com pés de barro. Nada pior para a
saúde que viver de aparências e fachadas. São pessoas com muito verniz e pouca raiz. Seu destino é a farmácia, o hospital, a dor.

Se não quiser adoecer - "Aceite-se"
A rejeição de si próprio, a ausência de auto-estima, faz com que sejamos algozes de nós mesmos. Ser eu mesmo é o núcleo de uma vida saudável. Os que não se aceitam são invejosos, ciumentos, imitadores, competitivos, destruidores. Aceitar-se, aceitar ser aceito, aceitar as críticas, é sabedoria, bom senso e terapia.

Se não quiser adoecer - "Confie"
Quem não confia, não se comunica, não se abre, não se relaciona, não cria liames profundos, não sabe fazer amizades verdadeiras. Sem confiança, não há relacionamento. A desconfiança é falta de fé em si, nos outros e em Deus.

Se não quiser adoecer - "Não viva sempre triste"
O bom humor, a risada, o lazer, a alegria, recuperam a saúde e trazem vida longa. A pessoa alegre tem o dom de alegrar o ambiente em que vive. "O bom humor nos salva das mãos do doutor". Alegria é saúde e terapia.

[Dr. Dráuzio Varella]

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

O QUE FAZ A DIFERENÇA...

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011


“Na Terra Santa, há dois lagos alimentados pelo mesmo rio: o Rio Jordão. Ficam situados a uns quilômetros de distância um do outro. Mas ambos possuem características bem distintas entre si. Um é o Lago de Genesaré, também conhecido como Mar da Galiléia ou Lago de Tiberíades. O outro é o chamado "Mar Morto".

O primeiro é azul, cheio de vida e de contrastes, de calma e de ondas. Nas suas margens, refletem-se delicadamente as flores amarelas dos seus belíssimos prados. O Mar Morto é uma lagoa densa e de água salgada, em que não há vida. A água que vem do rio, ali fica estagnada.

Que é que faz destes dois lagos, alimentados pelo mesmo rio, lagos tão diferentes? Simplesmente isto:

O Lago de Genesaré transmite generosamente o que recebe. A sua água, quando chega ali, parte de imediato para remediar a seca dos campos. Sacia a sede dos homens e dos animais. É uma água altruísta.

A água do Mar Morto estagna-se. Adormece. É salgada. Mata. É uma água egoísta, estagnada, inútil.

Com as pessoas, passa-se o mesmo. As que vivem com generosidade, a dar-se e a oferecer-se aos outros, essas vivem e fazem viver. As pessoas que, com egoísmo, recebem, guardam e não dão, são como água estagnada, que morre e causa a morte à sua volta.

Muitas pessoas parecem-se com o Mar Morto: só recebem, acumulam, não se dão e assim constroem uma vida amarga, desgraçada e infeliz.

Há outros, porém, Ágape que dão e se oferecem, a si mesmos, com generosidade e sem esperar recompensa… Estas são as pessoas mais felizes do nosso mundo.

Quanto mais nos damos, mais recebemos.

Quanto menos partilhamos do que é nosso, mais pobres nos tornamos.

O que acumula apenas para si, chama desesperadamente pela infelicidade.

O que partilha, esse abre a porta à felicidade.”


[Padre Marcelo Rossi]
imagem google/ Lago de Genesaré ou Lago de Tiberíades, na Terra Santa, onde em suas margens, o Mestre Jesus caminhava e falava muitas vezes, à multidão que o cercava.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

DA FELICIDADE

terça-feira, 18 de janeiro de 2011
"A felicidade mora num mundo pequeno seu
e não naquele grande que faz você se perder demais.
A felicidade é simples,
e quando você descobre isso
ela deixa de ser uma espera e passa a ser um minuto, um segundo.
E é de minutos e segundos que se faz a vida."


[Fernanda Mello]
 
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