"E no entanto refaço minhas asas a cada dia, invento amor como as crianças inventam alegria."
[Hilda Hilst]
A construção de um navio parece com a formação das pessoas. Durante a gestação o casco é construído, até que somos lançados ao mar. A maior parte de um navio é colocada depois, como acontece com a gente.
Camarotes, porões, motores, guindastes, pintura, enfeites são acrescentados durante a infância e adolescência, até o navio ficar pronto para a primeira viagem. Um navio fica pronto quando sai do estaleiro, mas com a gente é diferente - e este é o desafio de cada um, pois crescemos todo dia e nunca ficamos prontos. Apesar disso é preciso partir... mas nem todos têm a coragem de ir e continuam atracados ao cais, julgando-se incapazes de navegar sozinhos.
Algumas pessoas são obrigadas a zarpar, já que os encargos da segurança do porto tornam-se pesados demais e, às vezes, perdem um tempo precioso da viagem, revoltadas e lamentando-se por tudo isso... Mas nem todo mundo é assim...
Alguns, mal o dia amanhece, já partiram. Parecem muito ocupados e logo somem no horizonte. Desde cedo sabem o que querem e têm pressa de viver. Outros navios também saem logo que podem, mas ficam dando voltas e mais voltas sem chegar a lugar algum.
Os maiores desperdiçadores de seus próprios recursos são aqueles que não sabem o que querem... e o pior é que, quando a gente não sabe direito o que espera do rumo que está tomando ou nem se tem um rumo, não pode corrigir a rota se estiver no caminho errado... Nós somos os maiores responsáveis pelas tempestades que não conseguimos evitar. Já outras pessoas deixam de navegar milhares de milhas para se conformarem com umas poucas centenas, porque têm medo de atrair ventos contrários ou então querem agradar ou impressionar alguém... Todo dia é dia de evolução e aprendizado e, como a lua cheia, quando paramos de crescer, começamos a diminuir.
Então a primeira coisa a fazer é tornar-se comandante de si próprio e isso equivale a pensar com a própria cabeça, ser timão e timoneiro, assumindo riscos pelos erros, pois só erram os que têm a coragem para ousar e, se caírem, levantar e tentar de novo, sempre... pois ninguém sabe nossa autonomia no mar, nossa capacidade de carga, ou a que velocidade podemos singrar as águas dos oceanos, sejam azuis ou escuras. Ninguém nos conhece melhor do que nós mesmos e, por mais que digam o que temos - ou não temos - que fazer, ninguém pode viver a vida em nosso lugar.
Não existe navio que não tenha passado por tempestades e muitos afundam por não saberem evitá-las, por falta de comunicação ou por acharem que não precisam dos outros. Somos fortes quando unidos. Juntos somos tão grandes e poderosos quanto a onda mais forte e ameaçadora. Perdoar as faltas e limitações de nossos semelhantes é muito mais que amor ou virtude - é questão de inteligência e sobrevivência... Mas não existem tempestades que durem para sempre, assim como os dias de sol também não são permanentes.
Dor e frustrações muitas vezes são resultado de querermos perpetuar momentos de prazer, bem-estar, alegria, que por si só são efêmeros e com que facilidade esquecemos que nada é eterno - a não ser o próprio movimento - e que, por isso, momentos de alegria se alternam com momentos de tristeza, dor se alterna com prazer, fome com saciedade, doença com saúde - um sempre dando lugar ao outro. Quando paramos de tentar lutar contra isso e nos abandonamos nesse jogo delicioso da vida, descobrimos que, acima de tudo, a vida vale a pena ser vivida intensamente.
[Texto adaptado do livro "O Desafio do Mar", de Vilmar Berna, editora Paulus]
Algumas pessoas são obrigadas a zarpar, já que os encargos da segurança do porto tornam-se pesados demais e, às vezes, perdem um tempo precioso da viagem, revoltadas e lamentando-se por tudo isso... Mas nem todo mundo é assim...
Alguns, mal o dia amanhece, já partiram. Parecem muito ocupados e logo somem no horizonte. Desde cedo sabem o que querem e têm pressa de viver. Outros navios também saem logo que podem, mas ficam dando voltas e mais voltas sem chegar a lugar algum.
Os maiores desperdiçadores de seus próprios recursos são aqueles que não sabem o que querem... e o pior é que, quando a gente não sabe direito o que espera do rumo que está tomando ou nem se tem um rumo, não pode corrigir a rota se estiver no caminho errado... Nós somos os maiores responsáveis pelas tempestades que não conseguimos evitar. Já outras pessoas deixam de navegar milhares de milhas para se conformarem com umas poucas centenas, porque têm medo de atrair ventos contrários ou então querem agradar ou impressionar alguém... Todo dia é dia de evolução e aprendizado e, como a lua cheia, quando paramos de crescer, começamos a diminuir.
Então a primeira coisa a fazer é tornar-se comandante de si próprio e isso equivale a pensar com a própria cabeça, ser timão e timoneiro, assumindo riscos pelos erros, pois só erram os que têm a coragem para ousar e, se caírem, levantar e tentar de novo, sempre... pois ninguém sabe nossa autonomia no mar, nossa capacidade de carga, ou a que velocidade podemos singrar as águas dos oceanos, sejam azuis ou escuras. Ninguém nos conhece melhor do que nós mesmos e, por mais que digam o que temos - ou não temos - que fazer, ninguém pode viver a vida em nosso lugar.
Não existe navio que não tenha passado por tempestades e muitos afundam por não saberem evitá-las, por falta de comunicação ou por acharem que não precisam dos outros. Somos fortes quando unidos. Juntos somos tão grandes e poderosos quanto a onda mais forte e ameaçadora. Perdoar as faltas e limitações de nossos semelhantes é muito mais que amor ou virtude - é questão de inteligência e sobrevivência... Mas não existem tempestades que durem para sempre, assim como os dias de sol também não são permanentes.
Dor e frustrações muitas vezes são resultado de querermos perpetuar momentos de prazer, bem-estar, alegria, que por si só são efêmeros e com que facilidade esquecemos que nada é eterno - a não ser o próprio movimento - e que, por isso, momentos de alegria se alternam com momentos de tristeza, dor se alterna com prazer, fome com saciedade, doença com saúde - um sempre dando lugar ao outro. Quando paramos de tentar lutar contra isso e nos abandonamos nesse jogo delicioso da vida, descobrimos que, acima de tudo, a vida vale a pena ser vivida intensamente.
[Texto adaptado do livro "O Desafio do Mar", de Vilmar Berna, editora Paulus]
...As crianças, nossos filhos, estão em plena viagem em mar aberto. Tenhamos força e lutemos. Estejamos sempre no "cais" para ampará-los.
[Gislene]
...Nossa Senhora Aparecida, Jesus Cristo, olhai por todas as crianças deste mundo!
...Nossa Senhora Aparecida, Jesus Cristo, olhai por todas as crianças deste mundo!
2 bilhetes:
Gislene,amei a sua mensagem!!!
Beijoss.
As crianças são o que tem de melhor no mundo, bela homenagem. bjus
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