quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
ÁRVORES
quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
"Eu não sou só uma árvore,
sou também a cadeira onde descansas,
a cama onde adormeces,
a moldura onde te revês,
o lápis com que aconteces.
Sou tão viva como tu, choro seiva e grito de dor.
E tu – sim tu – que és humano
Fecha os olhos e toca-me, sente-me.
Não sou gente, é certo – mas tenho alma.
E a alma das árvores é a alma da terra,
a alma dos mares e dos céus que desconheces,
Somos as vozes que existem mas que não escutas,
Somos o chão que pisas e desdenhas.
Eu não sou só uma árvore, sabias?"
[Rolando Palma]
“E levantando ele os olhos, disse: Vejo os homens, pois, os vejo como árvores que andam.” – Marcos: 8-24
O cego de Bethsaida, retomando os dons sagrados da vista, proferiu observações de grande interesse.
Sua comparação é das mais belas.
O reino das árvores apresenta silenciosas mensagens aos que saibam ouvi-lo.
Qual acontece, no caminho das criaturas, existem árvores de todos os feitios.
Vêem-se as que se cobrem apenas de ramos farfalhados à maneira dos homens palavrosos; as tortuosas, copiando os seres indecisos, ensaiando passos para o ingresso nas estradas retilíneas; as de tronco espinhoso, imitando os espíritos mais ásperos e ainda envenenados; as frutíferas que auxiliam carinhosamente as criaturas, não obstante os golpes e incompreensões recebidos, dando a idéia das almas santificadas, que servem ao Bem e à Verdade, no silencio divino.
Nessa flora, como os seres ignorantes e grosseiros que ainda não chegaram a ser homens espirituais, não obstante a sua forma física, existem igualmente as plantas invasoras e parasitarias que não chegaram a ser árvores, apesar da forma verde de suas folhas.
Quem não terá visto, alguma vez, a herva daninha, tentando sufocar a laranjeira, imitando as lutas da estrada humana?
Quem não terá observado a trepadeira fascinante, florindo na coroa de uma árvore centenária, dando a impressão de ser tão alta e de tronco tão robusto, quanto ela?
Que homem não terá reconhecido o ataque das plantas minúsculas que costumam esconder as estradas e invadir as propriedades ao abandono?
O plano dos vegetais oferece às criaturas lições de profundo valor.
Se já podes ver, como aquele cego feliz de Bethsaida, procura ser um elemento útil e digno, entre as árvores que andam.
[Emmanuel - Do livro: Levantar e Seguir, Médium: Francisco Cândido Xavier]
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Nossa, adorei esse post amiga, é para darmos valor na natureza...beijos
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